O Governo espanhol decidiu reforçar a cibersegurança de forma a prevenir que hackers russos influenciem os resultados das eleições de dia 21 de dezembro.
De acordo com as autoridades de Madrid e com a Comissão Europeia, foram criadas contas online falsas, na sua maioria situadas na Rússia e as restantes na Venezuela, que transmitiram notícias sem fundamento ainda antes da realização do referendo de 1 de outubro. A novidade agora é a tentativa de proteção das urnas aquando as eleições de forma a evitar a existência de fraude na contagem dos votos. Desde há muito tempo que é conhecida a interferência de piratas informáticos russos em eleições e referendos tanto na Europa como no continente americano. No caso catalão, foi a intervenção policial do dia 1 de outubro que suscitou a criação de notícias falsas sobre os envolvidos no incidente, no qual foram adulteradas imagens e informações relevantes. O Instituto Nacional de Cibersegurança espanhol anunciou um aumento abundante da quantidade de informações referentes ao sistema político da Catalunha em poucos dias. No contexto desta situação, o embaixador russo em Espanha acusou a imprensa nacional de fantasiar sobre o assunto. Por outro lado, Sergei Lavrov, Ministro dos Negócios Estrangeiros russo desvalorizou a ocorrência, atribuindo as “culpas” aos líderes europeus que tentam redirecionar as atenções para outros assuntos que não as suas questões internas. Até mesmo o Senador Angus S. King, do Comité de Serviços Secretos do Senado norte-americano, referiu que os serviços de informações dos EUA têm “vigiado” as intervenções russas em questões europeias, nomeadamente a instabilidade do Governo catalão, referindo que o objetivo destes piratas informáticos é abalar a Europa. No caso da União Europeia, foram os Ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa que recorreram à Comissão (CE) para que esta reforçasse o poder da agência responsável pela cibersegurança em todo o continente europeu.