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Direito à Vida de Quem?

No passado sábado, dia 25 de Novembro, saíram à rua manifestantes para assinalar o Dia Internacional Contra a Violência Doméstica

No passado sábado, dia 25 de Novembro, saíram à rua manifestantes para assinalar o Dia Internacional Contra a Violência Doméstica. Durante a marcha, foram recordados os nomes das 18 "caídas", as mulheres que morreram este ano em Portugal vítimas de violência de companheiros ou ex-companheiros, e a forma como foram assassinadas; informações inscritas em faixas negras. A manifestação foi motivada pelas diversas formas de sexismo internalizado na sociedade em geral e pelos recentes acontecimentos no Brasil relativos à lei sobre a proibição do aborto. A discussão em torno do aborto, por muito polémica e propícia a debate que seja, são geralmente dois os pontos de concordância entre as distintas argumentações: a não banalização da prática e o recurso ao aborto em “casos extremos” entre os quais o mais consensual é a aceitação da sua prática em caso de violação. Neste panorama, ainda assim, no dia 8 de Novembro de 2017, foi proibida totalmente a prática do aborto, no Brasil, pelo comité do Congresso liderado pelos Cristãos Evangélicos; uma decisão política que incluí a sua ilegalidade em casos de violação e caso a mãe corra perigo de vida. De acordo com a Reuters, foram 18 votos a favor contra um em oposição, curiosamente, da única mulher presente durante a discussão, Erika Kokay do Partido dos Trabalhadores. No entanto, para que a medida seja oficializada como lei, são necessários dois terços dos votos tanto na Câmara dos Deputados como no Senado; sendo que esta decisão foi tomada no âmbito de uma “emenda constitucional”. Na segunda-feira dessa semana, as ruas do Rio de Janeiro encheram-se de manifestantes, maioritariamente mulheres, que reclamavam pelo Direito de tomar decisões relativas ao seu próprio corpo; alertando para os perigos inerentes à decisão do comité do Congresso: segundo a Reuters, são concretizados por ano mais de um milhão de abortos clandestinos no Brasil, milhares de mulheres acabam no hospital devido a cirurgias mal executadas e, segundo estimativas do Governo, o aborto ilegal é a quarta causa de morte no país.

Fonte da imagem: Público - LUSA/ANTÓNIO COTRIM

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