A seca extrema, em Portugal, leva à necessidade preocupante de importação de combustíveis fósseis para a produção de eletricidade.
Devido à seca extrema, que tem sido noticiada em Portugal, a produção de energia elétrica hídrica sofreu uma descida drástica de 58%. Para compensar esta descida acentuada foi necessário optar por meio alternativos, meios estes correspondentes a combustíveis fósseis, não só caros, mas extremamente poluentes. Graças a este facto o consumo do carvão viu um aumento de 22% e o consumo de gás natural viu um aumento de 66%, comparativamente ao ano de 2016. A Associação Nacional de Conservação da Natureza, demonstra-se alarmada para o aumento da necessidade de importação de combustíveis fósseis para serem utilizados na produção de energia elétrica, não só porque houve uma quebra de 30% na utilização de energias renováveis, comparativamente a 2017 (período homologo), mas também porque quanto maior a necessidade de importação maior o preço a que se vende esse produto (lei da oferta e da procura). Foi visto, então, um aumento de 43% do preço da energia no Mercado Grossista, de 35,7€/MWh, 2016, para 51,1€/MWh, 2017. Outro problema inerente à utilização de combustíveis fosseis para a produção de eletricidade é o facto de mais de metade do gás natural que é importado para Portugal é transportado via marítima, o que aumenta a sua pegada de emissões. É de notar ainda que a energia solar tem um misero peso de 2% no total de energia consumida o que demonstra uma falta de aposta neste tipo de alternativa que neste momento de aflição faria a diferença. O clima português é propicio à utilização deste tipo de fonte energética, podendo ser utilizado não só em grandes centrais, mas também em telhados de edifícios, o que traria benefícios para o ambiente e para a economia doméstica dos cidadãos. Portugal encontra-se então numa crise de escassez de água, que tem um impacto muito maior do que o expectado e embora já haja uma maior aposta nas energias renováveis utilizadas em Portugal, é visto que ainda há muitas áreas que necessitam de um investimento e desenvolvimento.
Fonte da imagem: Jornal de Negócios