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Papa apela ao respeito pelos direitos humanos em Myanmar

Papa Francisco considerou, no seu discurso, que o futuro que traz a paz de Myanmar esta assente “no respeito por todos os grupos étnicos e pela sua identidade”

Papa Francisco visita Myanmar com a crise de fundo dos Rohingya e, depois de um encontro com Aung San Suu Kyi, a chefe da diplomacia de Myanmar, o Papa discursou, esta terça-feira, deixando apelos ao respeito de todas as etnias em Myanmar e ao fim dos conflitos étnicos. Myanmar, um país de 52 milhões de habitantes e 135 minorias étnicas, continua a ser uma democracia frágil e um país que vive numa grande tensão religiosa. Os Rohingya, uma minoria muçulmana, alvo de constantes perseguições, não são reconhecidos por Myanmar como cidadãos. O país rejeita o termo “Rohingya” e o seu uso. Papa ressaltou que o país “continha a sofrer por causa de conflitos civis e das hostilidades que por muito tempo criaram profundas divisões”. O chefe da igreja católica faz uma visita a Myanmar e no seu primeiro dia de visita, esta segunda-feira, teve uma reunião com o general Min Aung Hlaing, comandante maior do exército, que está por trás da perseguição dos Rohingya. Há denúncias de que as forças militares foram responsáveis por assassinato, tortura, violação e deslocamento forçado. O exercito nega as acusações e qualquer tipo de discriminação religiosa.

Esta terça-feira feira foi a vez de se reunir com a líder de facto do país, Aung San Suu Kyi que, laureada com o Prêmio Nobel da Paz em 1991, é criticada pela sua aparente passividade no conflito dos Rohingya. Aconselhado a não usar o termo polémico e contestado “Rohingya” para que não aconteça nenhum incidente diplomático que pudesse virar o governo e os militares contra a minoria cristã, Papa Francisco pediu no seu discurso que sejam respeitados os direitos de “cada grupo étnico e sua identidade”. O líder da Igreja Católica esteve reunido com um grupo de 17 lideres, representante das diferentes religiões existentes em Myanmar incentivando-os a defender a sua identidade, para não terem medo da diferença e a “não sei deixarem colonizar”. A ONU condena as atrocidades étnicas desencadeadas pela campanha militar como “limpeza étnica de manual”. A esperança permanece na abolição, o mais cedo possível, da violação de direitos humanos contra as minorias.

Fontes: Expresso | Diário de Notícias | Cmjornal

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