Com o apoio de vários líderes europeus e dos Socialistas Europeus, Mário Centeno, Ministro das Finanças Português, prepara-se para enfrentar três adversários – o eslovaco Peter Kazimir, a letã Dana Reizniece-Ozola e o luxemburguês Pierre Gramegna – numa eleição que decorrerá na próxima segunda-feira em Bruxelas.
Foi anunciado esta quinta-feira num comunicado enviado pelo Governo português que Mário Centeno irá disputar a presidência do Eurogrupo no próximo dia 4 de dezembro, numa eleição em que também concorrem Peter Kazimir, Dna Reizniece-Ozola e Pierre Gramegna. A decisão terá saído da cimeira europeia na Costa do Marfim, onde os líderes europeus se reuniram para debater os seus favoritos. Centena tem, para já, o apoio da Alemanha, Espanha, França e Itália, para além dos Socialistas Europeus, que vêm Centeno, segundo as palavras de Serguei Stanishev, presidente do Partido Socialista Europeu, como a “solução” em resposta aos conservadores e à extrema-direita, sublinhando o trajeto feito pelo governo português desde 2015. António Costa, Primeiro-Ministro português, considera que “Nos contactos prévios que estabelecemos confirmámos que os governos das mais diversas famílias políticas e zonas geográficas da Europa reconhecem na candidatura portuguesa as condições adequadas”, mostrando que “A nossa lógica é ajudar a contribuir para o consenso, reunir todos”. Serguei Stanishev declarou que “Não podemos permitir que o debate sobre o nosso futuro fique refém nem dos conservadores, que levaram os europeus a perder confiança nas políticas das nossas instituições, nem dos nacionalistas, nem da extrema direita, dos populistas, que apenas querem destruir a ideia europeia”. Sublinhou ainda que “Estamos muito entusiasmados, porque podemos ver que um Governo socialista, em circunstâncias muito difíceis e com um passado pesado de austeridade, conseguiu grande sucesso com as suas medidas económicas e sociais. Isto não é nenhum exagero. Estamos aqui a assistir a um milagre em progresso”, mostrando “todo o apoio” a Centeno, considerando-o “competente e eficiente”. Só dia 4 de dezembro é que saber-se-á quem irá suceder ao holandês Jeroen Dijsselbloem, que em janeiro de 2013 foi eleito presidente do fórum informal de ministros das Finanças da zona euro.
Fontes: RTP Notícias | Notícias Ao Minuto | Sapo 24 | Diário de Notícias