Governo prevê aumento de cerca de 2% nos transportes
O setor dos transportes em Portugal tem vindo a sofrer vários cortes. Um período governativo que ilustra bem esta realidade foi o que coincidiu com o governo do PSD entre 2011 e 2015 (período de austeridade e de empréstimo às instituições internacionais), já que só na carris, se cortaram milhões de euros, o que provocou a redução do número de motoristas, do número de autocarros e o forte aumento das tarifas. Contudo, e com o governo socialista a partir dos finais de 2015, os transportes também enfrentaram vários momentos de dificuldade, porque apesar de não terem continuado a fazer severos cortes, também não investiram o necessário para o relançamento do setor- Além disso, foram introduzidos aumentos das tarifas desde 2016. Em 2017, os transportes subiram 1,5% e no próximo ano o executivo prevê um aumento na ordem dos 2%, acima de 1,4% previsto para a inflação do Orçamento de Estado A atualização dos preços nos transportes deve-se em grande parte ao aumento dos custos de produção das empresas afirma José Mendes, secretário de estado adjunto e do ambiente. Acrescenta que “a atualização dos preços é equilibrada “e que será suficiente para extrair recursos capazes de gerar investimento no setor e contornar a degradação da qualidade dos serviços prestada. Embora o governo aumente as tarifas dos transportes, adianta que haverá lugar a descontos conforme a idade e os escalões e ainda deduções no IRS. No caso das deduções, apresenta o caso da dedução de 6% do IVA no passe e no caso dos descontos, o alargamento dos descontos às crianças e jovens. Governo compromete-se, assim, a subir o preço dos transportes, mas conjugando esse aumento com algumas vantagens, o que não terá um grande peso para os utilizadores de transporte público. É de salientar que as empresas de transporte também não poderão aumentar os preços em mais do que 2%. Fonte: Económico | Público