Na dia 30 de novembro de 2017, o atual ministro da agricultura, Luís Capoulas Santos, em entrevista à Rádio Renascença e ao Público, confessou que «faria sentido» a deslocalização do Ministério da Agricultura e lamentou o fim dos balcões concelhios de apoio aos agricultores, concentrados nas sedes distritais e regionais.
Esta é uma questão que tem sido sucessivamente debatida em vários governos, não só especificamente no Ministério da Agricultura, mas relativamente a outros. A concentração das principais instituições políticas em Lisboa deixa uma lacuna nas zonas "onde mais devia estar, que era nos territórios rurais", segundo o ministro. Quando questionado acerca das medidas do atual governo após as tragédias dos incêndios que assolaram Portugal, Capoulas Santos afirmou que existe apenas uma forma de convencer os portugueses a plantar outras espécies de árvores, que não o eucalipto e o pinheiro. Essa medida passa pelo "investimento nessas espécies e integrando-as em projetos de florestação". Citou a criação do diploma para a reforma florestal que "visam criar condições para que o minifúndio possa ter dimensão, integrado em cooperativas ou empresas, que beneficiarão de um generoso regime de incentivos fiscais". Para além desses incentivos fiscais, irá existir a possibilidade de arrendamento de pequenas parcelas de terra, garantindo um rendimento anual. Ao nível do capital, o ministro confirmou a execução do "programa de desenvolvimento rural, que tem quatro mil milhões de euros para ao período de 2014 a 2020". A deslocalização de instituições estatais acarreta um alto preço e tem sido evitada pela elite política. Conjuntamente com o ministério citado, encontra-se em cima da mesa, a discussão relativa à deslocalização do Ministério da Saúde para Coimbra. As pessoas autóctones dessas regiões argumentam que traria benefícios múltiplos para o setor.
Fonte: Dinheiro Vivo | Público | Rádio Renascença