top of page
Posts Recentes

Currículos Escolares não devem penalizar artes e cidadania

A presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), defende que o currículo escolar deve ser rico, sem penalizar as artes e a educação para a cidadania.

Em entrevista à Agência Lusa, a presidente do CNE defendeu “um currículo rico”. “Tenho a sensação de que o currículo escolar está um bocadinho espartilhado, centrado em certas disciplinas que ainda bem que estão a ser trabalhadas, mas que não pode ser à custa de outras áreas como a educação para a cidadania ou a educação para as artes”, explicou. Salienta ainda as vantagens da aposta nestas áreas transversais, defendendo que “não há melhor maneira de aprender português do que através do teatro e da expressão dramática, por exemplo”. Maria Emília Brederode Santos afirma que defenderá um currículo mais vasto e justo, uma vez que a maioria das crianças e jovens não terá acesso a estas áreas e gostaria que o Conselho Nacional de Educação tivesse uma visão mais prospetiva, associada ao que pode vir a ser o futuro. “Estamos a viver uma mudança de era que ainda vai acelerar mais na nossa própria relação com o trabalho. Será que faz sentido ter uma época de formação mais prolongada, depois uma época de trabalho e depois uma época de descanso? Não faz mais sentido uma educação permanente?”, questionou, destacando estas como as principais questões sobre as quais o CNE se deve debruçar. Após a sua tomada de posse no passado mês de novembro, a nova presidente revela que uma das questões que deveria ser tratada e analisada pelo CNE prende-se com a autonomia e flexibilidade curricular que é atribuída às escolas, às quais é atribuído um tempo que é usado como bem entendem. “Tenho muita curiosidade de ver como é que as escolas vão agarrar nesta possibilidade de gerir, como entenderem, 25% tempo. Gostaria que o CNE acompanhasse isto, de ir para o terreno, de ver como as escolas estão a trabalhar, de falar com os vários parceiros da educação. Gostava de o fazer, de começar a preparar desde já”, explicou. A presidente do CNE fala ainda do facto de os alunos portugueses serem dos que mais chumbam. Relativamente a este tema e, tendo em conta o estudo do CNE “O estado da Educação 2016”, diz que “embora Portugal tenha feito avanços extraordinários em educação, ainda tem um nível de retenção muito elevado (...). No 2º ano de escolaridade já há 5% de meninos reprovados e quando e quando chegam aos 15 anos 40% já não estão no ano de escolaridade correspondente ao ano da sua idade e isto é demasiado e revelador de uma certa cultura”. Maria Emília Brederode Santos destaca a importância desta análise anual efetuada pelo Conselho Nacional de Educação, por permitir, entre outras coisas, que se estabeleçam ligações entre o número de retenções e os métodos de ensino aplicados em sala de aula. Fonte: Agência Lusa

Arquivo
Procurar por tags
Siga
bottom of page