Lisboa, Porto e Braga são as zonas mais afetadas
Estima-se que em Portugal, 6630 mortes prematuras sejam derivadas da poluição do ar. Lisboa, Porto e Braga estão entre as cidades com valores anuais de poluentes atmosféricos nocivos acima da média. O alerta chega da Associação Zero, que atenta aos relatórios e dados da Agência Europeia do Ambiente revelam uma melhoria a este nível, mas garantem ser ainda, insuficientes e alarmantes.
Entre os grupos identificados como sendo os poluentes atmosféricos mais prejudiciais à saúde, encontram-se as partículas atmosféricas, o dióxido de azoto e o ozono troposférico. A Associação Ambientalista explica que os poluentes têm diversas origens. No caso das partículas atmosféricas resultam, na maior parte das vezes, de reações químicas entre gases provenientes de processos de combustão de combustível, por exemplo, automóveis, habitações ou indústria. As partículas, devido ao seu reduzido tamanho, penetram facilmente nas vias respiratórias. O ozono troposférico resulta da reação de gases emitidos pelos escapes dos automóveis com a radiação solar. Esta, por sua vez, provoca problemas graves no tracto respiratório humano, uma vez que a molécula se torna reactiva nesse ambiente.
O nível das partículas e ozono troposférico encontram-se dentro dos níveis permitidos, já o dióxido de azoto, é o principal problema português. O valor limite permitido pela legislação europeia é de 40 mg/m³. Só na Avenida da República regista-se uma média anual de 57mg/m³, na estação Sá Carneiro (Campanhã) registou-se o soberbo valor de 74 mg/m³ e Braga adquire o valor de 55,3 mg/m³.
Em Portugal, o tráfego rodoviário é a principal fonte que permite a ultrapassagem dos valores médios e dessa forma, a Zero apresenta alguns conselhos para o cumprimento da meta de Neutralidade Carbono 2050 assinada pelo primeiro-ministro António Costa na Conferência para as Alterações Climáticas da ONU. É fulcral a diminuição do tráfego, através da utilização de transportes públicos e elétricos e uma maior fiscalização de carros antigos em circulação.
Fonte: Notícias Ao Minuto