Um ponto para o ambiente.
O Banco Mundial anunciou em Paris, dia 12 de dezembro que cessará o financiamento de projectos ligados aos combustíveis fósseis a partir de 2019, fruto da implementação do Acordo de Paris para o clima.
Na Cúpula ‘One Planet’, onde marcou presença o presidente francês, Emmanuel Macron, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres e o presidente do Grupo Banco Mundial, Jim Yong Kim foi anunciada esta revelação com a excepção de países subdesenvolvidos, cujos projetos se verifiquem benéficos no acesso à energia e estejam alinhados com as metas do Acordo de Paris.
Gyorgy Dallos, o representante da Greenpeace toma esta atitude como uma vitória para o ambiente, chegando a referir que «as instituições financeiras mundiais precisam tomar nota e decidir se o seu financiamento vai fazer parte do problema ou da solução». Esta decisão foi tomada em consonância com o Banco da Inglaterra, que representado pelo seu governador Mark Carney, introduziu uma nova iniciativa já apoiada por 237 empresas e desenhada para a entrada numa economia de baixo-carbono (low-carbon) que só poderá ser atingida se mais empresas forem persuadidas a se tornarem limpas em relação à sua exposição aos riscos das alterações climáticas. O plano consiste num compromisso por parte das empresas em divulgarem nos seus relatórios o seu índice de exposição direta e indireta ao aquecimento global tendo em perspectiva diversos cenários. Segundo Carney «Esta solução, do mercado e para o mercado, está realmente a entrar no mainstream».
Fontes britânicas revelam a importância de Londres neste panorama ao fazerem referência da capital que se tem tornado num verdadeiro pólo para o financiamento relacionado com as alterações climáticas, devido à emissão de títulos verdes em mais de quarenta moedas diferentes, incluindo o rupee indiano e o yuan chinês.
Fonte: The Economic Times