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Setor ferroviário nacional tem perdido investimentos e perderá nos próximos cinco anos

Projetos são na maioria de manutenção da rede ferroviária

Os objetivos da Infraestruturas de Portugal (fusão da REFER com a Estradas de Portugal) são vários com vista a manter e melhorar a rede ferroviária nacional. Entre eles destacam-se: a reabilitação das linhas férreas, a automatização total das passagens de nível e melhoria do sistema de comunicações. Em última instância visa-se obter, por um lado, melhor prestação do serviço ferroviário por todo o país a todos os seus utilizadores sem perder de vista a sua segurança e, por outro lado, um aumento da competitividade da economia e das exportações nacionais no que toca ao setor e àquilo que ele em si permite.

Foram anunciados cerca de 414 milhões de euros de investimento no setor ferroviário nacional, sendo este valor representativo de 1,6% dos fundos comunitários (aproximadamente 26 milhões de euros). Estarão abrangidos pelos investimentos vários distritos do país, entre os quais, Bragança, Guarda, Porto, Vila Real e Viseu, onde se prevê gastar cerca de 32 milhões de euros. Com 184, 4 milhões de euros afetos, as linhas do Norte, Beira Alta e Beira Baixa são responsáveis por 44,5% do valor total previsto no plano, seguindo-se a linha do sul com cerca de 46,8 milhões de euros e a linha do Douro com 32,1 milhões de euros. O Plano de Investimentos em Infraestruturas Ferrovia 2020 apresentado há dois anos pelo ministro do planeamento e das infraestruturas, Pedro Marques, contemplava obras em 1193 quilómetros de linhas férreas, devendo agora ter obras em 528 quilómetros e não apenas nos atuais 79. Apesar da linha do Minho se encontrar verdadeiramente modernizada desde Nine a Viana do Castelo, existem ainda outros troços a carecer de melhoria e de intervenção substancial, tais como: Alfarelos – Pampilhosa; Ovar – Gaia; Entroncamento – Santarém, por razões de segurança e prevenção.

Existem, contudo, troços que apesar da necessária intervenção, quer seja por modernização, quer seja, por manutenção não viram qualquer aposta, por exemplo, Évora-Évora Norte (numa extensão de 9 quilómetros); Caíde – Marco (linha do Douro numa extensão de 14 quilómetros). É de salientar que um dos projetos mais atrasados é o da linha da Beira Alta, onde se esperavam investir cerca de 691 milhões de euros por motivos de prevenção de acidentes (descarrilamentos), alargamento para duas linhas em cada sentido e melhoria do material circulante e dos equipamentos em geral. Outro projeto posto em cima da mesa e de falta de concretização é o da linha do oeste, desde Meleças a Caldas da Rainha numa extensão de 84 quilómetros que previa a total eletrificação e modernização do troço, comportando um custo na ordem dos 107 milhões de euros. O ministério do planeamento e das infraestruturas justifica o incumprimento da realização dos projetos por vários motivos, entre eles os atrasos ocorridos na fase de estudos e projetos e a paralisação da REFER aquando da junção à Estradas de Portugal.

Fonte: Público | Portal Naval

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