Foi esta a sugestão do governo britânico que quer, em vez de 31 de dezembro de 2020, o período de transição para o Brexit não tenha data definida, diz um documento elaborado pelo governo de Londres, remetido a Bruxelas.
A tensão aumenta entre May e os eurocéticos do Partido Conservador. A Primeira-Ministra quer alargar o prazo do período de transição para o Brexit, com os eurocéticos do Partido Conservador a defender a saída o mais rápido possível e sem condições da União Europeia. Aumenta assim a dúvida entre os eurocéticos Conservadores quanto às capacidades da líder do partido e Primeira-Ministra do Reino Unido.
Mais de 60 deputados tories (nome informal dado aos deputados do Partido Conservador) assinaram uma carta dirigida à Primeira-Ministra, publicada na passada segunda-feira no jornal The Times, a exigir o “hard Brexit”, ou seja, uma saída rápida e sem condições da União Europeia.
Sobre o documento elaborado por Londres e remetido a Bruxelas, foi parcialmente citado pelo Financial Times e a Bloomberg que tiveram acesso integral, onde estava explicito que "O Reino Unido considera que a duração do período [de transição] deve ser simplesmente determinado pelo tempo que for necessário para preparar e implementar os novos processos e novos sistemas que vão alicerçar a futura parceira [com a União Europeia]." Ora, este documento arrisca-se a não ter a confiança nem da própria Londres, nem de Bruxelas.
Segundo um alto representante da União Europeia, "Não podemos atribuir-lhes um direito de veto que os outros Estados-membros da UE não têm".
Fontes: Público | Jornal de Negócios | Skynews