Proposta de Bruxelas rejeitada pelo Governo britânico, alegando “inconstitucionalidade” da proposta e “anexação” da Irlanda do Norte por parte de Bruxelas.
A falta de “clarificação” de Downing Street obriga a "considerar um plano B ou C", declarou Michel Barnie, negociador da União Europeia para o Brexit, que realçou também que o documento visa promover a “transparência” e introduzir “clareza” nas negociações.
No documento de rascunho constituído por 120 páginas com 160 artigos e anexos que traduzem juridicamente o acordo político alcançado entre as duas partes em Dezembro quanto aos princípios gerais do Brexit, como a proteção dos direitos dos cidadãos europeus que vivem no Reino Unido; o respeito de todos os compromissos financeiros assumidos (a 28) no âmbito do quadro plurianual que termina em Dezembro de 2020; e a salvaguarda da cooperação norte-sul e do Acordo de Sexta-feira Santa, que pôs fim a anos de conflito na Irlanda do Norte.
Por outro lado, Theresa May, afirmou que “nenhum primeiro-ministro do Reino Unido poderia concordar” com esta solução, que levaria a um desmantelamento da união, afirmou, e que põe em causa a “integridade constitucional” do país. Boris Johnson, ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, também reagiu alegando que “existem muitas boas soluções”, alternativas a uma fronteira rígida entre as duas Irlandas ou a uma criação de um espaço comum à ilha que acabe por separar a Irlanda do Norte da união britânica.
Já a República da Irlanda mostrou-se favorável à proposta. “Estamos ansiosos por mais detalhes”, realçou o Governo da Irlanda, na expetativa de revelações da primeira-ministra britânica, Theresa May, na sexta-feira.
Fontes: RTP | Público | Thestar | ECO