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Puigdemont quer criar um “Conselho da República” para governar a partir da Waterloo

Depois de ter sugerido, na quinta-feira, o seu número dois, Jordi Sànchez para liderar o governo catalão para desbloquear a situação política, Carles Puigdemont decidiu, na sexta-feira, querer liderar os destinos da Catalunha a partir do exílio.

Apesar de ter renunciado “provisoriamente” à liderança do governo catalão, Carles Puigdemont quer voltar a liderar o independentismo catalão. Sugeriu Jordi Sànchez para o cargo. No entanto, Sànchez encontra-se preso em Madrid acusado de sedição e de rebelião após a declaração unilateral de independência da Catalunha em outubro do ano passado. Esta mudança de ideia também surge devido às dúvidas de Pudgemont se Sànchez conseguiria ser liberto para estar presente no seu debate de investidura.

Em entrevista ao jornal britânico “The Guardian”, Carles Puigdemont que quer criar um Conselho da República, do qual seria o seu presidente, para manter vivo o espírito independentista. Avançou que “se trata de um governo no exílio” e que “é um gabinete ou governo que deve representar a nossa realidade política”. Sublinhou também que este Conselho “representará a diversidade [da Catalunha]” e que vai convidar outros partidos para o integrarem. “O conselho deve ter representação das comunidades locais e da sociedade civil”, em alusão ao seu slogan de campanha política: “Vamos deixar de governar para as pessoas e passar a governar com as pessoas”.

O ex-presidente do governo catalão também lançou críticas ao rei de Espanha, Filipe VI, acusando-o de desrespeitar a Constituição e o povo catalão, de ter “excluído milhões de catalães que votaram pela independência” e de se ter “tornado Chefe de Estado de apenas uma parte na sociedade”, dando isso como razão da “monarquia ter perdido a Catalunha” e que a visita do rei à região “não foi feliz. Foi um erro”. Acusa também o rei de não ter respondido à crise catalã da mesma maneira que o seu antecessor, o rei Juan Carlos, respondeu à tentativa de golpe de Estado em 1981, dizendo que “O seu pai vestiu um uniforme militar e fez um discurso civil. Ele [o rei] vestiu-se à civil, mas fez um discurso militar. A república não precisa de um rei”.

Puigdemont também acusa o governo de Madrid de agir de má fé e que a declaração de independência deveria ter sido emitida mais cedo, dizendo que o “Estado espanhol disse que, se não votássemos pela independência [de imediato], começariam um diálogo” e que “não há ninguém do outro lado da mesa”, apelando ao diálogo com o governo liderado por Mariano Rajoy.

Na entrevista, também falou do avô que fugiu para a França durante a Guerra Civil Espanhola, da sua infância onde era proibido falar catalão, da sua família, afirmando que “não desejo isto nem aos meus inimigos” e de ter reafirmado que não é um criminoso.

Fontes: Expresso | ECO | Terra | Nsc DC | The Guardian | Observador | Global Notícias

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