Projeto-piloto foi apresentado em Bissau na passada quarta-feira, dia 7 de março, pela União Europeia e por um várias organizações não-governamentais.
Nesta quarta-feira em Bissau, na Guiné-Bissau, um projeto-piloto contra o casamento forçado no país foi apresentado pela União Europeia e por um várias organizações não-governamentais, entre as quais a Rede Ajuda, a Fundação Fé e Cooperação, ENGIM e GEIOJ e vai ser implementado pela ONG Mani Tese. Este projeto conta com o financiamento da União Europeia e servirá para garantir o cumprimento dos direitos das meninas e mulheres através de uma abordagem transversal, tal como a autonomia socioeconómica das mulheres e ao mesmo tempo melhorar o acesso à denúncia, proteção e reinserção das vítimas de violência na região de Bissau, Tombali, Bafatá, Gabu e Quinara.
A representante da União Europeia, Tina Bastos, declarou que "no que diz respeito às instituições, o projeto vai trabalhar com a Polícia Judiciária, os Centros de Acesso à Justiça e o Instituto da Mulher e da Criança", Salietou também que "a violência contra as mulheres está enraizada na sociedade guineense", dando como exemplo os Indicadores Múltiplos da ONU que referem que 41,8% das mulheres com idades compreendidas entre os 15 e os 49 anos consideram aceitável a violência doméstica, enquanto 28,7% dos homens da mesma faixa etária consideram aceitável.
Os Indicadores Múltiplos da ONU, de 2014, indicam que 37% das meninas com idade inferior a 18 anos e 7% com idade inferior a 15 anos foram obrigadas a casar na infância, várias delas com um marido 20 anos mais velho.
Fontes: ONU News | Diário de Notícias