Segundo relatório do governo, 22% dos trabalhadores recebiam 557 euros mensais em 2017, um valor acima dos 20,6% em 2016.
No final de 2017, 670 mil trabalhadores auferiam o salário mínimo nacional (557 euros), mais 55.5 mil pessoas do que no ano anterior. Com isto o governo quis mostrar aos parceiros sociais que a subida do valor do salário mínimo tem permitido melhorar os números do emprego e as remunerações declaradas à segurança social.
Contudo, o governo salienta que entre janeiro e dezembro de 2017, o número de trabalhadores com o salário mínimo nacional caiu 6,6%. O gabinete de estratégia e planeamento do ministério do trabalho, responsável por medir o impacto do aumento do valor do salário mínimo nacional, recorreu ao Fundo de Compensação de Trabalho. Tendo por base os 1,1 milhões de contratos iniciados no ano passado, o relatório conclui que 38,2% tinha uma remuneração base mensal igual ao salário mínimo, acima dos 35,6% em 2016.
Ao longo do ano passado, a proporção de contratos iniciados no âmbito do Fundo de Compensação do Trabalho com remuneração base igual ao salário mínimo baixou ao longo do ano, passando dos 38,9% em janeiro para os 33,7% em dezembro. É de referir que a média salarial dos novos contratos a tempo completo com remuneração base distinta do salário mínimo teve um crescimento homólogo de 3,1% em 2017, diz o governo.
O relatório apresentado aos parceiros sociais reflete também sobre os salários dos 2,1 milhões de trabalhadores, que segundo as remunerações à segurança social se mantiveram empregados entre o mês de abril de 2016 e o de 2017. Tal conclui que os indivíduos estando ou não no mesmo posto de trabalho, assistiram a um aumento salarial na ordem dos 2,3% em termos reais. No que diz respeito aos trabalhadores que durante este período mudaram de posto de trabalho, saíram com um aumento salarial de 7,8%. Todos os trabalhadores que se mantiveram no mesmo posto de trabalho e cujo salário é superior ao valor do salário mínimo (557 euros), beneficiaram de um aumento na ordem dos 1,9% em termos reais.
Fonte: Público | Jornal de Notícias