Aumentos salariais estão na base da greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal
Mais de uma centena de comboios foram suprimidos entre a meia noite e as oito da manhã desta segunda-feira em resultado da greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal, que reivindicam aumentos salariais na ordem dos 4%, conferiu a CP à LUSA. Realizou-se a maioria dos serviços mínimos adiantou a CP. A Fertagus realizou 25% das suas ligações, tendo a parte da manhã sido a mais afetada. Foram suprimidos cerca de 156 comboios, pelo que apenas se realizaram 110 em todo o país.
De acordo com a garantia dos serviços mínimos previu-se que fossem realizados 25% dos serviços urbanos nas duas principais cidades do país, Lisboa e Porto, nos serviços alfa pendular e intercidades, bem como no comboio Fertagus (que faz a travessia da ponte 25 de abril). De acordo com a federação dos sindicatos de transportes e comunicações a paralisação foi convocada devido ao facto de os trabalhadores das empresas do grupo Infraestruturas de Portugal não terem qualquer aumento desde 2009, apelando a um aumento na ordem dos 4%, o que em termos reais traduz um acréscimo de 40 euros por cada trabalhador.
Segundo o Tribunal arbitral, a definição dos serviços mínimos para a Infraestruturas de Portugal contemplou a disponibilização dos serviços mínimos tanto na rede urbana das duas grandes cidades como nos trajetos de longo curso. Acrescentou também que para o caso dos clientes que tenham adquirido bilhete antecipadamente e que pretenderiam viajar nos comboios intercidades, alfa pendular e regional terão a possibilidade de reembolso ou de revalidação para outro dia ou para outro comboio.
Fonte: Público