Cerca de 74% dos inquiridos no estudo realizado pelo IPMA diz que o seu poder de compra se manterá em 2018
Foi realizado um estudo, em Portugal, entre os dias 28 de fevereiro e 8 de março de 2018 com uma amostra composta por 450 indivíduos relativamente aos hábitos e comportamentos dos consumidores, tendo sido entrevistados diretamente 75% dos inquiridos e os restantes 25% online. Foi um estudo promovido pela professora do IPMA, Mafalda Ferreira.
Segundo o estudo do Instituto Português de Administração de Marketing, os consumidores portugueses estão convictos de que a situação económica de Portugal em 2018 será relativamente melhor face a 2017. Cerca de 74% dos inquiridos dizem que o seu poder de compra se manterá em 2018 e 68% dizem que a situação do agregado familiar também tenderá a manter-se. Aproximadamente 50% dos inquiridos diz que a situação económica do país irá melhorar, enquanto que 46% afirmam que o seu rendimento subiu em 2017.
Entre as principais razões dadas pelos inquiridos no estudo sobre a situação socioeconómica do país encontram-se a integração do mercado de trabalho de um dos elementos do agregado familiar. Já no que toca à população que sofreu uma diminuição no orçamento disponível, salienta-se a redução salarial e a situação de desemprego no agregado familiar como principais causas.
Este estudo do IPMA subjacente aos hábitos de consumo dos portugueses no último ano e à sua progressão para o ano de 2019, apenas uma minoria dos inquiridos referiu piorar, o que espelha esperança e segurança na esmagadora maioria dos cidadãos portugueses.
Tendo por base a melhoria substancial dos rendimentos das famílias em Portugal desde os últimos 3 anos, o IPMA procurou compreender os fatores mais determinantes na compra de determinados bens/produtos por forma a poder categorizar os comportamentos dos consumidores portugueses. Concluiu que no caso dos produtos alimentares, destacou-se a preocupação com o preço como sendo muito importante para cerca de 25% dos inquiridos. No caso de bens como roupa e calçado, apesar da melhoria do poder de compra, os argumentos financeiros ganha relevo para a maioria dos inquiridos. 28% dos inquiridos diz preocupar-se com o preço destes produtos e com a escolha do local e da época, constituindo as promoções e campanhas um papel de enorme relevo em relação aos consumidores portugueses.
Este estudo manifesta uma clara tendência para a manutenção das compras nas diferentes áreas, sendo já notório desde 2016 em relação a cosmética e beleza, atividades de educação para os filhos.
Este estudo mostra também que os principais fatores que condicionam o comportamento dos consumidores são: o desemprego e a redução salarial (como fatores negativos) e a confiança face ao futuro em relação à situação do país e as preferências e os gostos do consumidor (como condicionantes positivas).
Fonte: Económico