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Défice em 2017 subiu para 3% devido à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos

Sem o efeito caixa, o défice ficaria nos 0,9%

O Instituto Nacional de Estatística anunciou, nesta segunda feira, a subida do défice de 2017 de 0,9% para 2,96%. Uma subida percentual bastante significativa e que se deveu à capitalização feita pelo Estado português à Caixa Geral de Depósitos. Caso tal não se tivesse verificado, Portugal teria um dos défices mais baixos da sua história económica (0,9%) e que seria ainda uma previsão bastante positiva, visto que ficaria ainda abaixo das previsões e metas do governo para o referido ano.

Deste modo, o défice agravou-se de 2016 para 2017, passando de 2% para 2,96%, respetivamente, tratando-se de um impacto no défice de 2,04% do PIB. Apesar da subida percentual do défice orçamental, tal não terá efeitos na forma como Bruxelas avalia a situação orçamental do Estado português, visto que se trata de uma subida para um valor que não atinge e não ultrapassa os 3%, não estando Portugal no perigo de entrar numa situação de défice excessivo. Além disso, num quadro de avaliação quantitativa ter-se-á em conta não o impacto da capitalização da CGD no défice, mas sim o seu verdadeiro valor na ausência desse impacto.

O valor do défice estaria, portanto, nos 0,9 % (valor abaixo das previsões do governo), que apontavam para cerca de 1,1% neste mês, o que exprime uma redução de 1 ponto percentual face a 2016. É também de ter em conta que o valor do défice situando-se nos 0,9% (excluindo a injeção de capital do Estado na CGD), ficaria não apenas abaixo do valor previsto em 2017 para o OE de 2018, bem como do valor fixado pelo Primeiro-Ministro ainda durante este mês.

No que toca à dívida pública, o INE confirmou que no final de 2017 esta acabou por ficar nos 125,7%, ficando por isso, abaixo dos 126,2%previstos em outubro do ano passado na elaboração do OE para 2018. Na redução do défice e da dívida pública contribuem fatores como o investimento público, que registou um crescimento de 25% em 2017, passando dos 2734 milhões de euros em 2016 para 3415 milhões em 2017.

Fontes: Público | Sábado

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