O caso Skripal continua a dividir a política nacional, com o PSD a favor da expulsão de diplomatas russos e o PCP e BE do lado do governo.
O caso do envenenamento do ex-espião Skripral e da sua filha Yulia continua a dar que falar. Até agora, cerca de 30 países ordenaram a expulsão de diplomatas russos. Em Portugal, ainda se pondera, tendo o Embaixador português em Moscovo sido chamado pelo governo português, mas já foram vários os atores políticos nacionais que deram a sua opinião sobre a atuação do governo português nesta matéria.
Por um lado, o PSD defende a expulsão de diplomatas russos do país, à semelhança que outros países do Ocidente fizeram, acusando o governo de deixar “Portugal isolado” e que "a única explicação que encontro, num PS que foi sempre atlantista, é de se sentir condicionado pela aliança com PCP e BE". Por outro lado, Bloco de Esquerda e o PCP congratulam o governo, tendo o Bloco afirmado que governo “agiu da forma certa”, e o PCP a garantir que “o governo está no caminho certo”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, em entrevista realizada nesta terça-feira no Telejornal, diz que Portugal opta pela prudência para defender os interesses nacionais. O Presidente da República, o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, durante o discurso perante os militares do Regimento de Cavalaria 3 (RC3) do Exército, em Estremoz, garante que “somos e queremos ser fiéis à União Europeia, somos e queremos ser fiéis à Aliança Atlântica” e que a atuação do governo português é uma “decisão forte” e um “aviso” a Moscovo.
Fontes: RTP | Sapo 24 | Euronews